Guerra na Ucrânia

“Os russos são carne para canhão, mas nós também estamos a morrer”

4 fevereiro 2023 21:23

André Luís Alves

André Luís Alves

Em Donetsk

Repórter

Soldado atendido no hospital que o Expresso visitou, após contusão craniana causada por bombardeamentos

Quantos soldados terão morrido na sequência da invasão russa, há quase um ano? Calcula-se que mais de 200 mil dos dois lados. Num hospital da frente que o Expresso visitou, cada um é uma história

4 fevereiro 2023 21:23

André Luís Alves

André Luís Alves

Em Donetsk

Repórter

Em junho de 2022, o chefe ucraniano das negociações com a Rússia, Davyd Arakhamia, afirmou que 200 a 500 soldados estariam a perder a vida, a cada dia, na frente de batalha no Leste do país. O número de feridos seria muito superior. Pouco depois, a Ucrânia foi armada com os poderosos sistemas HIMARS americanos. É assim que se usa as baixas no chamado nevoeiro de guerra. As Forças Armadas ucranianas (ZSU) assumem 13 mil soldados mortos, mas é um número impossível.

Em novembro passado, o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior-General dos Estados Unidos, estimou em 200 mil o total de baixas de ambos os exércitos, incluindo mortos e feridos. A estatística independente mais recente, do final de janeiro de 2023, é do exército norueguês, e aponta para 180 mil mortos e feridos do lado russo contra 100 mil do ucraniano. Terão perdido a vida 30 mil civis. Milley, em sintonia com Kiev, refere 40 mil.