Revista

33

1 fevereiro 2022

Edição de Sofia Batalha

Ficha Técnica

Os artigos são da inteira responsabilidade do autor.

EDITOR

Sofia Batalha

DESIGN E PaGINAÇÃO

Sofia Batalha e Maria Trincão Maia

revisão

Margarida Trincão e Quelinha Caetano

crédito das fotos

Unsplash.com e fotografias dos autores 

Edição 33 – Remembrar os Ossos

Esta edição, no novo formato, traz o registo do evento gratuito “Viver em imanência”, promovido pelo colectivo Remembrar os Ossos. Um ciclo gratuito de 4 encontros experimentais, num convite colectivo a práticas e reflexões sobre a pertinência da vida e a crise de percepção actual.

Tempo, Sagrado e Saudade

Íris Lican Garcia

Que tempo é este que celebramos e porque o fazemos? Se há fome na Alma onde lhe encontramos sentido? Uma conversa sobre como a relação com o tempo simbólico traduz pertença ao tempo de vida e ao propósito de quem nos estamos continuamente tornando.

O Desencontro dos Fios

Élia Gonçalves

Quanto se perde quando nos habituamos a olhar as estórias familiares como algo sobre nós, que nos enalteceu ou prejudicou, colocando-nos no centro da tela? O que se ganha quando a estória não é sobre nós e nos coloca como um fio que pertence a uma trama há muito tecida? Um olhar sobre linhagem, pertença e herança comunitária.

Descolonizar a Imaginação

Ana Alpande

Lançamos a proposta de neste encontro ir à procurade possibilidades de diálogo entre o espaço familiar e a imaginação.

Dialogar com o Futuro

Sofia Batalha

Um convite ao diálogo crítico e imaginativo com o futuro.Mantemo-nos em ligação aos territórios futuros subjectivose misteriosos. Abrimo-nos ao que emerge em comunidade, vitalidade e flexibilidade. Sustemos a diferença e toleramos o conflito.

Artigo

MARIA TRINCÃO MAIA

Artigo

CLÁUDIA RODRIGUES

Coluna

INÊS PECEGUINA

Coluna

VASCO BAIÃO

Coluna

ANA SEVINATE

Coluna

MARISTELA BARENCO

EDITORIAL

Remembrar os Ossos

2 MIN DE LEITURA

Reflexões sobre a actual crise de percepção.

Reintegrar o Corpo no Lugar.

 

Um convite a alimentar a diversidade, desconstruindo a identidade portuguesa.
Do seu trabalho e das suas vidas, somos quatro mulheres em busca de um compromisso profundo e sincero e de uma linguagem de construção e desconstrução.
Damos voz à urgência de questionar e descolonizar para transformar.
Localizadas no sudoeste da Europa, em Portugal, reunimo-nos como um colectivo de diversas personificações-vozes para reflectir, difundir e levantar o véu sobre pressupostos “normais” nesta cultura em particular.
A partir de alternativas, a história passa para as muitas camadas de normas sociais, passando pela espiritualidade e religião. O nosso objectivo é estabelecer diálogos vivos sobre temas complexos: justiça social, lugar, trauma intergeracional, normatividade, género, pensamento absoluto, para citar alguns. Votados em muitos tons que provêm das nossas experiências pessoais, ressonâncias corporais, traumas vividos e consciência empenhada, temos vindo a abrir espaço a outros para (re)considerar os seus pontos de vista.

Com o objectivo de reacender a nossa ligação à paisagem, explorando um verdadeiro sentido de pertença à teia intrincada de relações misteriosas que mantêm a vida unida.

Ao fazê-lo, tentamos humildemente repensar e redefinir o significado de comunidade na nossa cultura ocidental, e como podemos reivindicar um verdadeiro sentido de interligação.
Estes diálogos são realizados na nossa língua nativa, o português, sendo um aspecto fundamental da mesma.
Estamos a dar sentido à nossa cultura e à nossa língua, com toda a sua riqueza, para nos movermos de forma diferente. Embora abordemos temas específicos em cada episódio do podcast, estamos sempre a abrir espaço para mudar as relações particulares no seio deste sistema cultural e social.

Ana Alpande

Somos culturalmente levados por uma obsessão violenta de descobrir quem somos, na extensa e exaustiva procura de uma definição fixa e segura de identidade. Quando nos ligamos aos nossos ossos e ao nosso património intrínseco, temos activamente o espaço para restabelecer uma ligação mais profunda com o local onde estamos, e a multiplicidade de histórias, identidades e relações que orgânica e activamente nos cruzam e transformam. Estamos em busca de reacender a nossa pertença à teia misteriosa da alma do mundo.

Élia Gonçalves

Vivemos em tempos em que a cultura da posse, substituição, destruição e extinção se tornaram os mitos pelos quais vivemos, como consequências naturais e esperadas da nossa passagem pelo mundo. Mas existem memórias mais antigas, pelas quais a nossa alma anseia. Dedicamo-nos a reclamar histórias e corpo, e a cantar novas narrativas de pertença e responsabilidade.

Íris Lican

A pergunta mais rica que talvez possamos fazer, sempre sem resposta, mas sempre contínua e dinamicamente viva, é: como as primeiras pessoas viram a experiência de viver dentro de um ser vivo?
Ali mesmo, no centro desta questão, está a desconstrução de quaisquer dogmas, comportamentos ou padrões sociais que trabalham inorgânicos, não servindo a vida como um todo. O humano e não humano, visível e invisível como fonte e sustento da vida para além de integrar o indivíduo.
Estamos nus, crus, enfrentando inspiração, possibilidade, espanto, resiliência enquanto trabalhamos através da dor, perda e quebrantamento na recuperação da pertença.

Sofia Batalha

Para além da misoginia diária e da inferioridade cultural, há responsabilidades quando a sua consciência está enredada com a alma do mundo. Começa-se a sentir profundamente que o seu conforto é igual à violência. Aqui estamos preocupados tanto em honrar os ossos dos nossos antepassados como em valorizar os que restam aos nossos filhos.

Ouvir o podCast

Ana Alpande

Ana Alpande

Colunista e Autora regular da Revista

Terapeuta de Trauma, Artista, Astróloga, Contadora de Histórias

A minha missão é dizer não ao desperdício da beleza e procurar contribuir para uma estética que promova a criação de espaços quotidianos que fertilizem o território da Alma.

Actuo como educadora, terapeuta de trauma e facilitadora de grupos terapêuticos de expressão artística e co-regulação emocional.

O principal foco de estudo e reflexão de momento é o trauma individual, transgeracional e colectivo, tendo como pano de fundo a questão do vínculo, nas suas variadas afetações e expressões.

anaalpande.com
geral@anaalpande.com

Sofia Batalha

Sofia Batalha

Fundadora e Editora da Revista

Mamífera, autora, mulher-mãe, tecelã de perguntas e desmanteladora o capitalismo-global-colonial-tecnológico um dia de cada vez. Desajeitada poetiza de prosas, sem conhecimentos gramaticais. Peregrina pelas paisagens interiores e exteriores, recordando práticas antigas terrestres, em presença radical, escuta activa, ecopsicologia, arte, êxtase, e escrita.
Honor hystera. Re-member. Response-ability. (un)Learn together.


Autora de nove livros e editora da revista online Vento e Água, Comadre conversadeira no podcast Re-membrar os Ossos e em Conversas D'Além Mar. Instagram, Serpentedalua.com, Sofiabatalha.com

Élia Gonçalves

Élia Gonçalves

Colunista e Autora regular da Revista

Psicóloga
Terapeuta Transpessoal
Sub-Direção EDT – Escola Transpessoal

Contadora de Estórias
Mitologia Pessoal Criativa 
Autora do Mito de Ophídia

elia.gonçalves@escolatranspessoal.com

Íris Garcia

Íris Garcia

Colunista e Autora regular da Revista

Sou a Íris. Sou Mãe, Terapeuta e Educadora Psico-Somática, Formadora de Fertilidade Consciente, Yoga Terapeuta, Doula, Mulher Medicina, Herbalista, Artista de Dança, Autora, Investigadora e ecologista. As minhas linguagens primeiras são a Natureza, a escrita e o movimento. Caminho, danço e escrevo desde que me recordo. O que me move é a vontade de cultivar equilíbrio sistémico a partir do respeito pela Natureza intrínseca de cada pessoa e sua experiência íntima e única,  em inter-conexão com as suas relações humanas e naturais, desde o lugar do corpo em proximidade orgânica com a Terra Viva.

www.earthbodymedicine.com

https://www.instagram.com/irislicangarcia/

https://t.me/coracaodeurtiga - Coração de Urtiga 🌿
Reflexões vivas sobre Terra Corpo como Medicina: eco-filosofia, eco-mitologia, espiritualidade da Terra, herbalismo, movimento, arte e terapia eco-somáticos.

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