31 deficientes visuais (16 com baixa visão e 15 cegos) atendidos na Associação dos Cegos de Juiz de Fora vão visitar o Museu Ferroviário, localizado na Avenida Brasil 2001, no Centro, na próxima terça-feira, 14, a partir das 9h45. O grupo também inclui funcionários da entidade e acompanhantes. Inteiramente gratuito, com direito a transporte de ida e volta, o passeio marca o encerramento do projeto “Linhas de Afeto e Trajeto”, desenvolvido pela arte-educadora Gabriela Alves, com financiamento do Edital Murilão do Programa Cultural Murilo Mendes, que é mantido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e gerido pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).
“Neste projeto, exploramos a relação entre as artes visuais, as linhas das ferrovias e a memória, refletindo sobre o que está contido nas entrelinhas do acervo, ao abordar as potencialidades sensíveis que o tangem”, afirma a proponente. As visitas tiveram início no dia 24 de maio e, quando concluídas, terão levado cerca de 500 pessoas, entre estudantes das redes municipal e estadual de ensino, professores e monitores para conhecer o acervo do Museu Ferroviário, que completa 19 anos em agosto próximo. A coleção, instalada em um prédio tombado pelo município, sede da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, possui mais de 400 peças, capazes de contar a história da ferrovia e seus impactos sociais e econômicos na cidade e região.
“Uma peculiaridade de nosso acervo é que a maioria das peças é robusta, produzida em materiais como ferro e estanho. Então, elas podem ser tocadas sem prejuízo para sua manutenção. Isso facilita a visitação de pessoas cegas ou com baixa visão que podem encostar para perceber o formato, a textura e outros aspectos dos objetos”, explica o supervisor do Museu Ferroviário, Marco Aurélio Assis.