Na semana em que se comemora o Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, 25 de julho, a Praça CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados Coronel Adelmir Romualdo de Oliveira) preparou uma edição especial do projeto de contação de histórias ao ar livre. No próximo sábado, 30, às 16h, o Grupo Nzinga vai narrar a trajetória de mulheres negras que se destacaram ou se destacam pela militância e luta em busca de liberdade e igualdade de direitos.
Gratuito e livre para todos os públicos, o projeto foi lançado em abril passado e acontece com periodicidade mensal, sempre nos últimos sábados de cada mês. A primeira história a ser narrada pelas contadoras nesta semana é a de Tereza de Benguela, mulher escravizada que virou rainha e liderou um quilombo de negros e índios. Outras mulheres também terão suas trajetórias destacadas na atividade, o que contribui para combater a invisibilidade e o silenciamento a que são submetidas na história oficial do Brasil.
O grupo Nzinga é formado por dez mulheres negras, todas professoras, que pesquisam Nzinga Mbandi, rainha do reino de Matamba e personagem feminina da tradição africana e afro-brasileira. Por meio do projeto realizado em parceria com a Praça CEU, elas repassam seus conhecimentos, encantam e sensibilizam o público com contos que revelam a ancestralidade, a cultura e a sabedoria africana, dentro de uma perspectiva de educação antirracista.
A Praça CEU é mantida pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com gestão da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), sendo os serviços executados por meio de contrato de parceria com a Associação Cultural Arte e Vida (Acav).